Cateter com novo design desenvolvido na Austrália

Uma equipa de investigadores de um hospital australiano está a testar um novo design para o cateter, com o intuito de melhorar as taxas de falha do dispositivo, que registam valores entre os 40 e 50 por cento.

O projeto é liderado por uma investigadora de enfermagem, Nicole Gavin, e por uma professora universitária, Samantha Keogh. O novo cateter foi desenvolvido para permitir que os fluídos se esvaziem na corrente sanguínea por vários pontos.

“O design atual é um tubo oco com um único ponto de entrada e saída que é inserido na veia para fornecer fluídos essenciais, medicação e produtos sanguíneos”, referiu Gavin.

Segundo a investigadora, este método altera a turbulência na veia, o que pode causar o colapso da veia ou coágulos sanguíneos, e consequentemente levar a um acidente vascular encefálico ou outras condições críticas.

O novo dispositivo foi concebido de forma a minimizar a pressão criada aquando da administração dos fluídos. O cateter será testado enquanto os pacientes são submetidos a tomografia computadorizada (TC) de rotina, pois segundo Gavin esse é o cenário ideal para analisar o funcionamento do dispositivo.

“Os pacientes são injetados com TC de contraste através de um cateter, que geralmente é colocado no braço. O fluxo de alta pressão do contraste geralmente aumenta o risco de danos às veias e tecidos circundantes”, explicou a investigadora.

O estudo envolve 60 doentes que se encontram em tratamento do cancro, do hospital Royal Brisbane and Women’s Hospital. Apesar de este novo dispositivo poder vir a apresentar resultados positivos para muitos pacientes, será focado nos que se encontram em tratamento de doenças oncológicas pois são utilizadores frequentes de cateter e outros dispositivos vasculares para receber tratamentos via intravenosa.

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