Aplicação de Sistemas Inteligentes na área da Saúde

O rápido progresso nas tecnologias de informação e de comunicação e o crescente abaixamento de custo dos microprocessadores e microcontroladores, em paralelo com a popularidade das aplicações para dispositivos móveis, e ainda com o baixo custo dos smartphones (ou smartthings), aumentaram substancialmente o seu potencial de aplicação nas várias vertentes da saúde. A atual transformação industrial, designada por indústria 4.0, que utiliza o forte progresso evidenciado em várias áreas tecnológicas através da integração e cooperação entre estas, tem vindo a dar origem à denominada evolução na saúde, apelidada de “Saúde 4.0” ou “Hospital 4.0”. A facilidade de obter sistemas de baixo custo para recolher dados, de transmiti-los e de receber respostas em tempo útil permite inúmeras aplicações na saúde. Por outro lado, o aumento da esperança de vida, que origina uma incidência maior em certas patologias, para além da pressão financeira sobre os orçamentos dos ministérios da saúde, permite antever uma necessidade de transferência da chamada medicina corretiva para uma medicina preventiva com um alcance de médio e longo prazo.

Com este contexto, no presente artigo são descritas algumas das aplicações que poderão ser desenvolvidas (e já existentes) para a área da saúde, com especial atenção na vertente preventiva.

Hospital 4.0

O conceito de Hospital 4.0 é uma extensão do conceito de Indústria 4.0, a quarta revolução industrial, que inclui os sistemas ciberfísicos, a Internet das Coisas (IoT) e a computação em nuvem. Os cuidados continuados ao longo da vida permitem, de certa forma, prevenir algumas doenças, sendo uma das formas de medicina preventiva. Há atualmente um conjunto de patologias, como a diabetes, entre outras, cuja incidência será maior devido à estimativa crescente da esperança de vida. Assim, uma das hipóteses será a monitorização mais efetiva das pessoas. Este aspeto tem vindo a ser alvo de investigação, existindo avanços relevantes.

Inácio Fonseca; José Torres Farinha

Artigo publicado na edição nº87 da TH

José Torres Farinha

CEMMPRE (Centro de Engenharia Mecânica, Materiais e Processos, Universidade de Coimbra) e ISEC (Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, Instituto Politécnico de Coimbra)

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