Análise Económica de Investimentos em Ativos Fixos no Setor da Saúde: um breve enquadramento

Introdução

Em qualquer organização a correta decisão da política de investimentos é crucial, em termos estratégicos e económicos. Em termos estratégicos porque define as opções tecnológicas que vigorarão no futuro e a capacidade de atuação da organização. Em termos económicos na medida em que tem um forte impacto financeiro a curto prazo e condiciona o desempenho económico-financeiro e a sua competitividade a médio e longo prazo.

No presente artigo começa-se por revisitar os fundamentos da teoria económica úteis para a avaliação dos investimentos e por tentar compreender as práticas que têm sido seguidas pelas instituições do setor da saúde a partir das evidências encontradas na literatura científica. Neste âmbito, faz-se uma breve incursão pelas metodologias de avaliação das tecnologias da saúde que têm vindo a ser implementadas a partir do final dos anos 90, abordando em particular os problemas próprios da sua aplicação aos dispositivos médicos e à perspetiva das organizações hospitalares.

Análise Económica dos Investimentos

Fundamentos

Qualquer organização necessita de fazer investimentos para substituir equipamentos em fim de vida, modernizar os existentes ou expandir a sua capacidade, adotando novas tecnologias para melhor concretizar a sua missão. O termo investimento refere-se a despesas com a aquisição ou desenvolvimento de ativos no presente, com o objetivo de criar benefícios ou receitas no futuro, normalmente ao longo de vários anos.

Quando um hospital faz a aquisição de um dispositivo médico de diagnóstico ou tratamento, faz uma grande despesa que tem de ser paga no presente, na expectativa de o utilizar durante vários anos nos seus trabalhos clínicos. Pelo contrário, consideram-se despesas operacionais aquelas que, apesar de indispensáveis, não proporcionam diretamente qualquer valor futuro, uma vez que se consomem ou gastam totalmente no contexto da sua utilização. Neste caso, podemos incluir os salários dos profissionais de saúde que operam com os equipamentos, fazendo diagnósticos e tratamentos, a eletricidade consumida ou os consumíveis necessários, bem como outros gastos indiretos, como por exemplo os relacionados com a infraestrutura. (...)

José Luís Martinho, professor adjunto no Instituto Superior de Engenharia de Coimbra do Instituto Politécnico de Coimbra

Artigo completo na Tecno Hospital nº99, maio/jun 2020

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