A tecnologia e os meios complementares de diagnóstico e terapêutica

Em 1929, Werner Forssmann, cirurgião cardíaco alemão, foi inquietado pela possibilidade de alcançar maior concentração de drogas dentro do coração através da injeção direta em uma das suas cavidades, ao invés da injeção na circulação periférica.

Como não obteve autorização para realizar tal procedimento num paciente, resolveu submeter-se ao procedimento, realizado por ele próprio em si mesmo. Com a ajuda de uma enfermeira, uma sonda vesical e um aparelho de raio X, o cirurgião realizou o primeiro cateterismo venoso central, registado por fluoroscopia, tendo conseguido avançar até à aurícula direita. Na época, foi ridicularizado por colegas e pela comunidade. No entanto, como escreveu o seu compatriota Goethe, “ousadia envolve genialidade, poder e magia” e, portanto, 27 anos mais tarde, Forssmann foi galardoado com o prémio Nobel da Medicina.

A evolução desta abordagem percutânea tem sido em continuum, concomitante com o desenvolvimento tecnológico e científico, tendo como horizonte melhorar o tratamento das doenças cardiovasculares e a qualidade de vida dos doentes.

Por seu lado, a cirurgia cardíaca, com menos de um século de existência, estava limitada a intervenções relativamente simples, frequentemente sem sucesso. (…)

Por Helena Correia, técnica superior de Diagnóstico e Terapêutica no CHULN, e Fernando Ribeiro, técnico superior diretor no CHULN; professor adjunto na ESTeSL/Instituto Politécnico de Lisboa

Artigo completo na TecnoHospital nº117, mai/jun 2023, dedicada ao tema 'Meios Complementares de Diagnóstico'

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