As possibilidades da monitorização remota de pacientes

FOTO FRAUNHOFER IZM

Seja por residirem em áreas remotas, por terem doenças infeciosas ou mentais, a monitorização de doentes através da colocação de elétrodos para proceder a um eletrocardiograma nem sempre é fácil. O Instituto Fraunhofer está a desenvolver uma metodologia contactless, através de radar, para responder a essas situações

Num eletrocardiograma convencional, a medição da pulsação é feita através de elétrodos fixados ao corpo do doente e ligados ao monitor através de cabos. Mas para pacientes com queimaduras graves, alergias cutâneas, doenças infeciosas como a COVID ou estados mentais alterados, ou simplesmente todos os que vivem em áreas com acesso dificultado a cuidados médicos, esta monitorização tradicional pode ser complicada. No futuro, este tipo de exame poderá vir a ser feito sem contacto, através de um sistema de sensores com radar de alta frequência. Esta técnica não invasiva permite a monitorização contínua dos sinais vitais à distância e também a intervenção.

Investigadores do instituto Fraunhofer, na Alemanha, estão a desenvolver um sensor deste tipo em colaboração com outros institutos de investigação alemães, num projeto com financiamento governamental.

O sensor consegue medir sinais vitais, como o ritmo cardíaco e respiratório, através da roupa, cobertores ou mesmo de um colchão e transmitir a informação aos dispositivos de monitorização. Os chips e antenas do radar são depois usados para gerar ondas eletromagnéticas refletidas pelo corpo. Estas ondas são moduladas pelo movimento rítmico da caixa torácica provocado pela atividade respiratória e cardíaca. A partir daqui, é possível identificar fatores de stress ou arritmias. Por outro lado, podem ser identificadas precocemente doenças a anomalias do sistema cardiovascular ou respiratório. Uma vez instalado, o radar pode detetar o mais pequeno movimento à superfície do corpo, causado pela respiração do paciente e pelo seu batimento cardíaco.

Já foram levados a cabo ensaios clínicos, e o objetivo é não só possibilitar a medição à distância, mas também a monitorização de vários pacientes em simultâneo.

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