OMS recomenda vacina contra vírus sincicial

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou, a 30 de maio, a sua primeira tomada de posição sobre imunização contra o vírus sincicial respiratório, e recomenda uma vacina para grávidas e um anticorpo monoclonal
Publicada na Weekly Epidemiological Record (WER), esta tomada de posição é uma recomendação de dois produtos: uma vacina materna que pode ser administrada às grávidas durante o terceiro trimestre para proteger a criança e um anticorpo monoclonal de atuação prolongada que pode ser administrado às crianças logo a partir do nascimento, imediatamente antes ou durante a época do vírus.
A vacina pode ser administrada a partir da 28ª semana de gravidez, para otimizar a adequada transferência de anticorpos para o feto. Pode ser dada numa consulta de rotina pré-natal.
O anticorpo para crianças, nirsevimab, pode ser administrado como uma única injeção de anticorpos monoclonais que começa a proteger os bebés uma semana após a administração e tem uma duração de pelo menos cinco meses, suficiente para cobrir a época do vírus sincicial nos países onde existe sazonalidade.
A OMS recomenda que as crianças recebam uma dose única logo após o nascimento ou após a alta. Se não for administrado aquando do nascimento, o anticorpo pode ser dado durante o primeiro controlo de saúde da criança. Se um país decide administrar o produto só durante a época do vírus, e não ao longo do ano, pode ser dada uma dose única a crianças mais velhas antes da entrada na sua primeira época do vírus.
O maior impacto contra formas graves da doença será alcançado com a administração antes dos seis meses de idade, mas há um benefício potencial para crianças até um ano.
“O vírus sincicial respiratório é um vírus extremamente infecioso que infeta pessoas de todas as idades, mas é especialmente perigoso para crianças, em particular para as que nascem prematuramente, quando estão mais vulneráveis à doença severa”, frisou, citada em comunicado da OMS, Kate O’Brien, diretora de Imunização, Vacinas e Biológicas da OMS. “Os produtos recomendados podem transformar a luta contra a doença severa, reduzindo dramaticamente as hospitalizações, mortes, e em última análise salvando muitas vidas infantis a nível global”, alertou a especialista.
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