Nova Unidade de Medicina Intensiva de Faro abre com 14 camas

A nova Unidade de Medicina Intensiva do Hospital de Faro, com uma resposta de 14 camas passível de expansão, vai permitir “uma grande elasticidade” no tratamento, afirmou o diretor clínico do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), Horácio Guerreiro.

“Vamos aumentar o espaço da Urgência, que é sempre problemática, até para acomodar alguns doentes que ficam lá retidos à espera de vagas no internamento, e libertaremos uma unidade de cuidados intermédios para atribuir à decisão clínica e à Urgência, o que aumenta muito o nosso potencial ao nível dos cuidados intensivos”, disse o diretor clínico do CHUA, onde está integrado o Hospital de Faro.

As 14 camas poderão ser transformadas em 24, em caso de necessidade, e seis delas estão especificamente vocacionadas para os doentes AVC (acidente vascular cerebral), que a nível de cuidados intermédios são considerados de nível 2.

“Mas, o espaço e as camas podem ser reconvertidos para nível 3, os cuidados intensivos de nível mais elevado”, acrescentou o responsável.

Além disso, será também possível “avançar na diferenciação” do Hospital de Faro, que conta iniciar cirurgias cardíacas “a curto prazo, de entre três a seis meses”, existindo já “uma equipa altamente diferenciada” que pretender ir para lá trabalhar, acrescentou Horácio Guerreiro.

“Estamos a enviar cerca de 150 doentes do coração para serem operados em Lisboa – um volume bastante grande –, além da cirurgia torácica, que também passaria a ser feita cá. É importante ter cuidados intensivos e elasticidade na oferta de cuidados intensivos, porque muitos desses doentes, da cirurgia cardíaca ou pulmonar, precisam de cuidados intensivos”, salientou.

A nova unidade partilha uma área destinada a um Centro de AVC, que melhora a capacidade de resposta ao nível da trombectomia (intervenção endovascular), evitando a deslocação de doentes para Lisboa, “onde muitas vezes chegavam sem tempo de intervenção”, admitiu o diretor clínico do CHUA.

Foi também inaugurado um laboratório de Ortoprotesia, em cooperação com a Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve, que permitirá produzir internamente próteses e ortóteses.

“Por um lado, são produtos que representam muitos encargos financeiros e, por outro lado, são desperdiçados. Com o que aqui estamos a fazer, [conseguimos] fabricar produtos adaptados a cada pessoa e depois reaproveitar esses produtos, quando uma pessoa já não precisa, para utilizar noutra pessoa”, explicou Horácio Guerreiro.

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