CHTV requalifica espaço de unidade de AVC

O Centro Hospitalar Tondela Viseu (CHTV) mudou a Unidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC) para o sexto piso, medida que permite aumentar o número de camas e a “melhoria na vigilância” aos doentes.

“Inicialmente [em 2008] tínhamos quatro camas, agora foi duplicada para oito camas para doentes agudos e temos mais duas camas que também podem ser monitorizadas. E depois temos um total de 26 camas para os doentes que já não estão numa fase tão crítica”, contabilizou a coordenadora do espaço Ana Gomes.

“Esta requalificação e ampliação da unidade, para termos mais camas monitorizadas, vem melhorar a vigilância nos doentes e o cuidado ao AVC”, salientou a coordenadora.

Ana Gomes referiu que “o reconhecimento de sinais de AVC é fundamental, porque o tratamento precoce é determinante” para a recuperação do doente e as possíveis sequelas.

“O diagnóstico é conhecido como os três efes: ‘F’ de fala, alteração na fala; ‘F’ de face, desvio da face; e ‘F’ de força, perda de força num membro”, reforçou a médica.

Nestas circunstâncias, alertou, “não se deve esperar que passe, deve ligar-se de imediato o 112, porque o AVC é uma emergência, tem tratamento e se o AVC não for tratado podem surgir danos que podem ser irreparáveis e mesmo a morte”.

“É importante não esquecer que o AVC em Portugal é a principal causa de incapacidade e de mortalidade”, recordou Ana Gomes, realçando que “por cada três doentes com AVC há um que morre, um que fica com sequelas e um que recupera”, um paradigma que “é determinante mudar”.

O AVC “é prevenível”, ainda assim “tem vindo a aumentar devido à prevalência dos fatores de risco e ao envelhecimento da população, porque apesar de o AVC atingir todas as idades é mais prevalente nos idosos”, destacou.

“Mas cerca de dez por cento dos doentes AVC tem menos de 50 anos”, disse ainda Ana Gomes, apelando à “importância de controlar os fatores de risco, que são vários, mas têm à cabeça a hipertensão arterial, o inimigo público número um em Portugal”.

Outros fatores, acrescentou, são “a diabetes, a obesidade, a fibrilhação auricular que é uma arritmia muito prevalente e que muitas vezes passa despercebida e pode causar AVC, o colesterol elevado, o tabagismo e o excesso de consumo de álcool”.

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