António Lacerda Sales destaca importância dos biossimilares
- 30 maio 2022, segunda-feira
- Gestão

O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, disse que a taxa de utilização global de biossimilares nos hospitais portugueses é de 80 por cento, “um valor bastante positivo, existindo, inclusive, em determinadas moléculas, uma utilização superior”.
Numa conferência organizada pela Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (Apogen), que decorreu no Centro de Congressos de Belém, António Lacerda Sales esclareceu que “as diferenças na percentagem de utilização [dos biossimilares] dependem de vários fatores, entre os quais a patologia a que se destinam, o local de prestação de cuidados de saúde, o número de biossimilares disponíveis e também a política de utilização em cada instituição do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.
“Estes medicamentos geram poupanças no sistema de saúde, garantindo a mesma qualidade nos cuidados que prestamos aos portugueses e com potencial para melhorar o acesso dos doentes aos medicamentos biológicos”, destacou.
Nos últimos anos, prosseguiu, foram tomadas várias medidas com o objetivo de promover a utilização destas terapêuticas, entre as quais a monitorização sistemática da utilização de biossimilares nas instituições do SNS, a definição de indicadores de contratualização para os hospitais, o desenvolvimento de iniciativas de divulgação de biossimilares junto das instituições do SNS e dos doentes e a agilização do processo de avaliação para efeitos de financiamento público.
Para António Lacerda Sales, é necessário adotar uma estratégia proativa e eficiente, que passe por preparar atempadamente a introdução dos biossimilares, aprofundar o envolvimento de todos os intervenientes na promoção de um mercado competitivo e partilhar ativamente ainda mais informação, quer aos cidadãos, quer aos profissionais de saúde e às instituições.
“É nossa intenção continuar a melhorar a utilização de medicamentos no SNS e a prosseguir uma gestão mais eficiente dos recursos públicos, o que passa, necessariamente, pela prescrição e dispensa de medicamentos genéricos, biossimilares e de opções terapêuticas mais custo-efetivas”, concluiu.
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