Vacina contra o Alzheimer vai ser testada em humanos

Uma vacina que foi criada contra a demência vai prosseguir para ensaios clínicos, após uma experiência bem sucedida em ratos. Os investigadores esperam avançar com os ensaios clínicos dentro dos próximos dois anos.

A investigação procura desenvolver imunoterapia eficaz através de uma vacina, de forma a remover placas beta-amiloides e as proteínas tau acumuladas no cérebro. A presença em conjunto destas substâncias está diretamente relacionada à neurodegeneração, que por sua vez conduz à doença de Alzheimer.

“A nossa abordagem passa por procurar cobrir todas as bases e superar obstáculos anteriores na busca por uma terapia para retardar a acumulação de moléculas Aβ (beta-amiloides) / tau e atrasar a progressão da DA (doença de Alzheimer) num número crescente de pessoas por todo o mundo”, afirmou um dos investigadores, Nikolai Petrovsky, num comunicado.

A vacina foi testada, para efeitos de pesquisa, em ratos que padeciam de doenças relacionadas com a presença de Aβ e tau. Como os resultados da administração da vacina dupla foram positivos, os investigadores consideram justificável que se realizem testes em humanos.

No entanto, esta vacina não poderá ser usada em indivíduos saudáveis, devido à necessidade de uma administração mensal de elevadas concentrações de imunoterapêuticos.

A investigação foi desenvolvida entre equipas de investigadores do Instituto para a Medicina Molecular (EUA) e da Universidade da California Irvine (UCI).

Segundo a Associação Portuguesa de Familiares e Amigos dos Doentes de Alzheimer (APFADA), a demência afeta uma em cada 80 mulheres e um em cada 60 homens com idades compreendidas entre os 65 e 69 anos. As estatísticas sobem para uma em cada quatro pessoas quando a idade é superior a 85 anos, independentemente do género. A doença do Alzheimer é a forma mais comum de tipo de demência, constituindo entre 50% a 70% dos casos.

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