SNS24 vai ter serviço de atendimento para populações vulneráveis

  • 21 dezembro 2022, quarta-feira
  • Gestão

A Linha SNS24 vai dispor a partir de janeiro, de um serviço de atendimento e de resposta médica para populações mais vulneráveis, como idosos residentes em lares, revelou o secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre.

“O nosso objetivo é que haja um primeiro contacto desta população, em caso de necessidade, com a Linha Saúde 24 e a partir daí haja uma avaliação e o encaminhamento das pessoas”, disse Ricardo Mestre no final de uma visita ao Centro de Contacto SNS24, onde esteve acompanhado pela Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, e o presidente do Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, Luís Goes Pinheiro.

Segundo o governante, esta resposta vai começar por estar disponível para idosos que vivem em lares e utentes das unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.

Após um processo de triagem, como acontece para as outras respostas da Linha SNS24, o utente será encaminhado para uma consulta de telemedicina em caso de necessidade.

Apesar do número de chamadas para a linha SNS24 ter vindo a aumentar, atingindo na quinta-feira um total de nove milhões desde o início deste ano, o secretário de Estado apelou para um maior uso da linha (808242424).

“É um valor muito elevado, que significa que a população adere à Linha SNS24, mas também é um valor que nos permite perceber que ainda temos capacidade de expandir a sua resposta”, disse Ricardo Mestre, frisando que o serviço está disponível para ser “o primeiro ponto de contacto dos utentes com o Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.

Ricardo Mestre enfatizou que cerca de 97 por cento do total de chamadas são atendidas e, destas, mais de 80 por cento são atendidas em 15 segundos.

Também Margarida Tavares salientou a importância da utilização deste serviço que fez questão de visitar, para “perceber presencialmente como as coisas se desenrolam”.

“Obviamente que também não é alheio o facto de querermos chamar mesmo a atenção dos portugueses para a necessidade de, numa altura como esta, em que existem maiores problemas de saúde, mais frequentes, devido a infeções respiratórias, aos próprios efeitos das temperaturas, descompensação da doença crónica, recorrerem a este serviço, que muitas vezes não ocorre como primeira opção quando a pessoa se sente mal”, disse a secretária de Estado.

Margarida Tavares referiu que as pessoas continuam a ter aquele primeiro pensamento de ir ao serviço de urgência, o que considerou não ser a melhor forma de agir.

“Pelo menos, em algumas circunstâncias, muitas das pessoas que vão tomar essa opção não precisariam de ir a um serviço de urgência, tinham outras respostas e queremos, de facto, que utilizem esta linha de aconselhamento e de orientação ao longo de todos os serviços do SNS”, defendeu.

Sublinhando que o atendimento é rápido, Margarida Tavares disse que “não se perde rigorosamente nada em ligar para a linha SNS24, mas sim ganha-se”, porque se pode ter um aconselhamento que até pode permitir a pessoa ficar no conforto da sua casa e aguardar um novo contacto para ver a evolução da situação.

“Queríamos transmitir às pessoas que é mesmo um serviço muito seguro, muito importante”, afirmou, sensibilizando que ao acorrer a um serviço de urgência hospitalar, o doente está a sujeitar-se a tempos de espera, “provavelmente exagerados”, e a não permitir que esse serviço tenha uma resposta mais eficaz para os que mais precisam.

Margarida Tavares elucidou que estão a registar-se cerca de 18 mil episódios nas urgências hospitalares diariamente, “o que é de facto muito”, e apenas seis mil contactos para o SNS24.

“Nós queríamos que fosse ao contrário, que muita gente ligasse ao SNS24 e que só uma pequena proporção se deslocasse a uma urgência hospitalar. Outras seriam encaminhadas para um centro de saúde mais próximo com consulta aberta e muitas poderiam, com algum aconselhamento e tranquilização, ficar em casa”, disse.

Segundo Ricardo Mestre, o serviço está preparado para responder a picos de atendimento, porque tem uma capacidade de gestão flexível para ir ao encontro das necessidades.

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