São João testa drone que visa encurtar distâncias e salvar vidas

O Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) realizou, na passada quinta-feira, no âmbito da Zona Livre Tecnológica dedicada à emergência médica, o primeiro “voo” com um drone que marca o início de um projeto que visa “encurtar distâncias para salvar vidas”.

“Hoje é um dia simbólico, é o início de uma nova história em que o transporte aéreo é colocado ao serviço da saúde para encurtar tempo e salvar vidas. É esse o grande desígnio”, afirmou o presidente do Conselho de Administração do CHUSJ, Fernando Araújo.

Na sessão, que antecedeu à demonstração da Zona Livre Tecnológica (ZLT), a primeira em Portugal dedicada à emergência médica, Fernando Araújo salientou que o recurso aos veículos não tripulados se têm demonstrado “eficaz” noutros países, seja no transporte de sangue e órgãos, ou no transporte de medicamentos.

“Os resultados são positivos”, salientou, observando que o intuito é, futuramente, testar estes veículos “fora do hospital” e para os mais variados tipos de transporte.

“É um trabalho de investigação que vai durar os próximos meses ou anos e no qual queremos estar na linha da frente da inovação nesta dimensão que é o transporte aéreo no âmbito da saúde e emergência que pode fazer a diferença para salvar vidas”, destacou o responsável.

Fernando Araújo disse esperar que no próximo ano, os testes com drones possam ser feitos de forma “rotineira”, lembrando, no entanto, que o ‘hub’ de mobilidade avançada do CHUSJ vai avançar ao ritmo da Europa e consequentemente da regulação.

“Vamos ajudar a desenvolver uma nova era”, salientou.

Também presente na demonstração, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, destacou as intenções do projeto, considerando que o mesmo pretende “fazer a diferença na vida das pessoas e salvar vidas”.

“Este é mais um voo para a afirmação deste ambiente tecnológico ao serviço da saúde no país”, disse, lembrando que apesar dos “desafios”, as prioridades do Governo se mantêm, nomeadamente a “mitigação das desigualdades em saúde”, a “aproximação do Serviço Nacional de Saúde dos cidadãos” e a “aposta na transição digital”.

Já aos jornalistas, António Lacerda Sales destacou que este projeto de mobilidade vertical vai “fazer diferença na vida das pessoas” e marcará tanto a região Norte como o país.

Não tendo ainda um número exato de quantos drones serão necessários para implementar estes projetos no país, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde garantiu que se o projeto correr bem na região Norte será implementado noutras regiões.

“Tudo o que corre bem numa parte do país deve ser replicável”, afirmou, salientando que futuramente a aquisição destes equipamentos por parte do ministério da Saúde será uma “matéria intergovernamental”.

O drone testado no parque de estacionamento do hospital continha um frasco com antídoto para picada de cobra, medicamento entregue em mãos por um médico a António Lacerda Sales. A demonstração, que demorou perto de cinco minutos, foi concluída “com sucesso”.

A ZLT, que visa testar e experimentar novos conceitos de operação, tecnologias e produtos em contexto real, tem como parceiros o CHUSJ, o CEiiA, o Centro Clínico e Académico de Braga, o Instituto de Investigação em? Ciências da Vida e Saúde, a Fraunhofer AICOS, TMG, WiseHS e FioCruz (no Brasil).

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