Resposta multidisciplinar destinada a pessoas transgénero no CHULC

  • 31 outubro 2022, segunda-feira
  • Gestão

O Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC) dispõe, desde 25 de outubro, de uma resposta multidisciplinar às necessidades em saúde das pessoas transgénero, na Clínica da Diversidade de Género, criada em parceria com o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa (CHPL).

A nova unidade assenta num modelo colaborativo, centrado na pessoa, e vem alargar a resposta já existente no CHPL.

Aberto a utentes de todo o país, servirá em particular os residentes na região de Lisboa e Vale do Tejo e Sul do país, que veem, assim, melhorada a acessibilidade geográfica e assistencial a estes cuidados, numa lógica de aumento da equidade na ação do Serviço Nacional de Saúde.

Esta clínica, coordenada pela psiquiatra no CHULC Mariana Silva, terá como figura central na organização dos cuidados o Enfermeiro Gestor de Caso, que será o facilitador do percurso da pessoa transgénero no centro hospitalar.

O serviço, que reúne 14 especialidades e áreas de intervenção – Psiquiatria, Psicologia, Endocrinologia, Otorrinolaringologia, Terapia da Fala, Medicina Interna, Cirurgia Plástica e Reconstrutiva, Urologia, Ginecologia, Cirurgia Maxilo-Facial, Cirurgia Geral, Procriação Medicamente Assistida e Serviço Social –, está, nesta fase, direcionado para a cirurgia mamária e terapia da voz.

Protoloco entre o CHULC e o CHPL estabelece princípios de colaboração

O CHULC e o CHPL celebraram um Protocolo de Colaboração para prestação de serviços, que estabelece os princípios de cooperação em rede entre a Consulta de Sexologia do CHPL e a Clínica da Diversidade de Género do CHLC, no âmbito da prestação de cuidados multidisciplinares de saúde à população transgénero.

O protocolo promove a colaboração entre as duas entidades através da partilha de recursos e de uma gestão eficiente de equipamentos e profissionais especializados que acompanharão as pessoas transgénero seguidas no CHPL e daí encaminhadas para o CHULC, de acordo com a necessidade de cuidados de saúde.

O objetivo passa por “contribuir para uma melhor acessibilidade, equidade, humanização dos cuidados e criação de recursos clínicos adaptados às necessidades desta população, assim como formação na área aos profissionais intervenientes e promoção da integração social junto da família e amigos, no trabalho e nas estruturas comunitárias LGBTQIA+”, lê-se em comunicado divulgado.

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