Entrevista a Fernando Barbosa

  • 28 fevereiro 2022, segunda-feira
  • Gestão

Diretor da Tecnohospital entre o número 1 e o número 102, Fernando Barbosa assume, nesta edição, o papel de entrevistado. Para além da participação na descolonização, ficamos a conhecer o contexto que faria nascer a ATEHP e a Tecnohospital.

Entrevista por Abraão Ribeiro, Nelson Baltazar, Torres Farinha e Cátia Vilaça | Fotografia por Abraão Ribeiro

Fala-nos sobre o início da tua vida.

Nasci em Castelo de Paiva mas vivi boa parte da juventude na Pampilhosa, concelho da Mealhada, onde fiz o ensino primário, e onde residia quando frequentava o Liceu D. João III, em Coimbra, até ao 7º ano, hoje 11º, e os três primeiros anos do curso de Engenharia Mecânica na Universidade de Coimbra. Depois fui para o Porto concluir o curso de Engenharia.

A Pampilhosa era um centro populacional interessante social e culturalmente, porque havia uma grande classe operária fabril e ferroviária e alguns serviços, e mesmo antes do 25 de Abril havia ali uma grande tendência de oposição ao anterior regime. Estive também ligado à Juventude Escolar Católica e à Juventude Universitária Católica, e no contexto desse movimento ajudei a fundar um jornal, “O Caminho”, quando tinha cerca de 17, 18 anos. Também fui obrigado a passar pela Mocidade Portuguesa, e já nessa altura isso me incomodava. Como o jornal estava ligado à igreja, não tinha de ir à Censura, e começou a publicar uns poemas e outros textos, uns mais ou menos inócuos e outros nem por isso. Era um boletim policopiado, mas achávamos que era pouco, e aos poucos a Censura começou a reparar em nós e determinou que tínhamos de levar lá os textos. Depois criámos um jornal impresso. Com outra estrutura e dimensão, o “Jornal do Centro”, em papel couché tom azul. Fui colaborando regularmente noutros jornais, nomeadamente no Comércio do Funchal onde pontificavam o José Manuel Barroso e Vicente Jorge Silva, no Notícias da Amadora, no Jornal do Fundão, e numa revista aqui de Coimbra com algum impacto, a Capa e Batina. Como não existia o curso de Engenharia completo em Coimbra, fiz os três últimos anos de Engenharia Mecânica no Porto.  Ainda concorri a estagiário do Jornal de Notícias e fui selecionado, mas não entrei de imediato e quando me chamaram estava já a concluir o curso de Engenharia. Entretanto, a tropa levou-me para Mafra em julho de 1973 e para Angola em agosto de 1974.

Mas antes disso praticaste desporto.

Sim, joguei futebol no Pampilhosa Futebol Clube e nos Principiantes (hoje Juvenis) e nos Juniores da Académica de Coimbra, onde fui colega de alguns jogadores de nomeada, como Toni, Mário Campos e Alhinho, ente outros. Cheguei a jogar também nas reservas (atual equipa B) da Académica e na equipa sénior dos Marialvas de Cantanhede mas, entretanto, fraturei o menisco e terminou a minha carreira desportiva. (...)

Leia a entrevista completa na TecnoHospital nº109, jan/fev 2022, dedicada ao tema 'Hospital 5.0'

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