CHL abre três novas consultas no Serviço de Pneumologia

  • 26 novembro 2021, sexta-feira
  • Gestão

O Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar de Leiria (CHL) dispõe de três novas consultas para diagnóstico e tratamento de patologias respiratórias, nas subespecialidades neuromusculares, alfa 1 antitripsina e insuficiência respiratória crónica, que entram em funcionamento ainda este mês de novembro.

As doenças neuromusculares englobam um grande número de patologias com evoluções clínicas diversas. De acordo com o CHL, a ação da Pneumologia centra-se no acompanhamento em parceria com a Neurologia e promove a ação atempada necessária, que frequentemente passa pelo uso de ventilação não invasiva.

“Estes doentes, ao longo da evolução da doença, podem vir a necessitar de ajuda ventilatória, o que deve ser sujeito a um acompanhamento especializado na sua adaptação a este apoio ventilatório bem como das complicações que daí possam advir”, explicou o diretor do Serviço de Pneumologia do CHL, Salvato Feijó.

Acresce ainda que a monitorização deste grupo de doenças neuromusculares necessita de uma equipa multidisciplinar, em articulação com várias especialidades. Os doentes são frequentemente referenciados pela Neurologia, e são efetuados estudos ventilatórios completos, provas de marcha, avaliação de pressões e oxicapnografia, e quando necessária, é aplicada a ventilação não invasiva e/ou oxigenioterapia de longa duração.

No que se refere à deficiência denominada alfa 1 antitripsina, é uma doença genética codominante associada a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), predominantemente enfisema. A distribuição desta alteração genética é universal, mas existem zonas geográficas com mutações específicas, como por exemplo a mutação de Ourém e a mutação de Leiria.

“Há uma maior concentração do país nesta região, uma “herança” das invasões francesas desta alteração enzimática rara. Os doentes já são acompanhados no hospital de dia de Pneumologia devido à necessidade de terapêutica de substituição que têm de fazer semanalmente. Sentimos a necessidade de ter um controlo mais apertado, tendo em conta o elevado número de doentes que registamos”, afirmou Salvato Feijó.

Nesta nova consulta são avaliados os doentes, efetuada a sua história genológica e a avaliação das possíveis alterações a nível pulmonar.

Na consulta de insuficiência respiratória crónica incluem-se os doentes com DPOC, bronquite crónica, enfisema pulmonar, asma brônquica de longa evolução, ou outras causas.

“Muitas vezes estes doentes são utilizadores frequentes do Serviço de Urgência, e para evitar a sobrecarga deste serviço, esta nova consulta pode ajudar a controlar crises, evita internamentos e acaba por ser mais uma porta, aberta para o que for necessário”, destacou o diretor do Serviço de Pneumologia.

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