Beira Interior tem projetos de sucesso na vigilância cardíaca

O Hospital Pêro da Covilhã e o Hospital Amato Lusitano (Castelo Branco) estão a desenvolver projetos que permitem acompanhar os parâmetros dos utentes à distância.

Há aproximadamente um ano, através da instalação de uma tecnologia que avalia, à distância, utentes com pacemaker, o Hospital de Castelo Branco implementou um sistema de monitorização em colaboração o Centro de Saúde da Sertã, o concelho mais distante na área geográfica abrangida pelo hospital.

A tecnologia utilizada permite a medição e envio de dados para a Unidade de Pacing do Hospital de Castelo Branco, evitando deslocações e riscos associados. Para tal, o utente tem um recetor de parâmetros que recolhe e envia os dados da avaliação automática para a central, para serem analisados por um especialista.

A tecnologia permite ainda efetuar a consulta de vigilância dos parâmetros de funcionamento a partir do centro de saúde, permitindo reduzir deslocações necessária. A vigilância permite também detetar a insuficiência cardíaca e agir rapidamente com tratamento de controlo da condição.

O objetivo será alargar a monitorização a Idanha-a-Nova, Penamacor e Oleiros, o que se espera que seja concretizado ainda este ano.

Telemonitorização de doentes com insuficiência cardíaca

Na Covilhã, Belmonte e Fundão, o programa de telemonitorizaçao de doentes com insuficiência cardíaca crónica arrancou em junho de 2017, com dez doentes, estando atualmente a acompanhar à distância 37 pessoas.

Cada doente recebe um conjunto de equipamentos – relógio de medicação, tablet, balança, entre outros – que utiliza de forma autónoma. Os dados de saúde são recolhidos eletronicamente através de bluetooth para o tablet, que envia depois o conjunto dos parâmetros para todos os dispositivos médicos e Centro de Monitorização e Triagem.

Segundo o diretor do Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira, António Peixeiro, este programa reduziu o número de internamentos em 56 por cento, o número de dias do doente internado em 45 por cento e de episódios de urgência em 89 por cento. Também no primeiro ano em que a telemonitorização funcionou, a taxa de mortalidade desceu 4,2 por cento.

O coordenador deste projeto, o cardiologista Luis Oliveira, sublinhou ainda a melhoria da qualidade de vida para os doentes que aderem a este projeto. “Ao monitorizar estes parâmetros estamos a acompanhar o estado de saúde dos doentes e evitar que o doente descompense e necessite de internamento, porque são situações graves em que geralmente há um agravamento no prognóstico”, referiu.

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