Tornar os blocos operatórios mais eficientes

Os blocos operatórios assumem uma importância primordial em qualquer hospital, mas nem sempre são usados de forma eficiente: há atrasos nas cirurgias quando o planeamento não é feito da melhor forma. O consórcio de investigação InnOPlan quer ajudar a resolver este problema através do uso de dados informáticos.

Numa entrevista concedida ao portal medica-tradefair, Lars Mündermann, um dos responsáveis pelo projeto, explica como um fluxo de dados inteligente pode ajudar as equipas que trabalham nos blocos.

O projeto vai além do networking de dispositivos médicos e seus interfaces: é fornecida informação ao coordenador do bloco sobre as várias fases do procedimento cirúrgico, dando-lhe diferentes opções para melhorar o planeamento e os processos de limpeza, bem como a transição de um paciente para outro.

O objetivo da InnoPlan é partir do big data, a gestão, recolha e análise de um grande volume de dados informáticos, para chegar ao smart data, o fluxo de dados inteligente que vai permitir melhorar os processos. A análise é de grande importância, já que os blocos operatórios geram dados de fontes totalmente heterogéneas, como câmaras endoscópicas, fontes de luz ou insufladores. Existem também potenciais fontes de dados na monitorização dos pacientes e da respiração que podem fornecer informação sobre o estado do paciente. O benefício vem da combinação e da análise dos dados. A gestão, consolidação e sobretudo análise dos dados provenientes de múltiplas fontes são aspetos clássicos da tecnologia de big data, que, com este projeto, se pretende aplicar na otimização dos processos clínicos.

Mündermann dá o exemplo do transporte de pacientes da enfermaria para o bloco. A gestão do tempo aqui é fundamenta, pelo que idealmente, o doente deve estar pronto a entrar no bloco assim que a limpeza esteja concluída, ou seja, o bloco não chega a estar sem utilização. Os dados provenientes do equipamento cirúrgico e corretamente processados podem dar uma estimativa do final da cirurgia, permitindo que o transporte do paciente seguinte seja agilizado de acordo com esses tempos.

O uso sistemático de dados pode também, segundo Mündermann, possibilitar uma “manutenção preditiva”, isto é, permitir saber quando um equipamento vai precisar de manutenção. Nesta circunstância, o hospital será capaz de atuar antes que a falha ocorra.

Mais informação: http://www.medica-tradefair.com/cgi-bin/md_medica/lib/pub/tt.cgi/Smart_versus_big_how_data_can_assist_in_the_OR.html?oid=84252&lang=2&ticket=g_u_e_s_t&utm_source=22-03-2017-2&utm_medium=Email&utm_content=Topic-of-the-Month&utm_campaign=Portalnewsletter-2017

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