Utentes do Centro Hospitalar de Leiria já podem realizar endoscopia digestiva

Os utentes do Centro Hospitalar de Leiria (CHL) já podem realizar o exame de ecoendoscopia digestiva na sua unidade de Leiria, o Hospital de Santo André. A aquisição de um novo endoscópio, instalado no Serviço de Gastrenterologia do CHL, permite efetuar mais exames e intervenções, com mais eficácia e segurança para os utentes, e assume cada vez maior relevância na prática clínica, na caracterização e estadiamento de tumores do tubo digestivo, bem como na avaliação da patologia do pâncreas e vias biliares, no âmbito do Centro de Referência para a Área de Oncologia de Adultos – Centro Hepatobilio-pancreático e do Reto.

«O Serviço de Gastrenterologia já dispõe de todos os meios técnicos necessários à realização de ecoendoscopia digestiva alta e baixa, permitindo dar resposta à maioria das indicações mais recentes da técnica», afirma Helena Vasconcelos, diretora do Serviço de Gastrenterologia do CHL. «Numa primeira fase o Serviço contará com a colaboração semanal do Dr. Eduardo Pereira, colega da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, com vasta experiência em ecoendoscopia diagnóstica e terapêutica, o que contribuirá para a formação de vários especialistas do Serviço de Gastrenterologia do CHL», explica a médica.

O novo aparelho, que resulta de um investimento com meios próprios do CHL de 261.566 euros, permite ao gastrenterologista a avaliação da mucosa em tempo real, a possibilidade de realizar punções/biópsias de nódulos/massas e quistos pancreáticos e nódulos linfáticos e hepáticos em tempo real, além de poder ser utilizado em procedimentos de intervenção, como drenagem de abcessos, intervenção biliar, etc. «Este método de biópsia guiada por ecoendoscopia vai permitir analisar as lesões com mais precisão e rapidez, permitindo adequar e agilizar a terapêutica do doente, o que poderá ter um impacto definitivo na sua evolução clínica e no seu tratamento», salienta Helena Vasconcelos.

O número de doentes com neoplasias gastrointestinais e patologia do pâncreas e vias biliares tem vindo a aumentar, tendência que se tem verificado não só no CHL, mas na maioria das unidades hospitalares do mundo ocidental. A complexidade destas patologias e das metodologias diagnósticas e terapêuticas que implicam obrigam a uma atualização constante e ao recurso a centros com diferenciação complementar. Helena Vasconcelos destaca que «a implementação da ecoendoscopia no CHL e a formação de gastrenterologistas tornou-se obrigatória para proporcionar os melhores cuidados aos doentes que assiste».

Nuno Rama, médico da Cirurgia I do CHL que integra o Centro de Referência do Cancro Colorretal, realça a importância deste novo método, que «permite uma melhoria do arsenal imagiológico disponível para o estadiamento do doente com cancro colorretal. A acuidade diagnóstica é melhor com esta técnica em estadios iniciais do tumor». «O acompanhamento dos utentes é realizado com melhor qualidade, uma vez que esta técnica, em estadios iniciais ou doentes submetidos a ressecções locais, tem uma boa exatidão e uma melhor relação custo-benefício para o utente», remata o médico.

O aparelho permite, entre outras aplicações clínicas, avaliar o grau de desenvolvimento de neoplasias (tumor benigno ou maligno) do tubo digestivo e bilio-pancreáticas, avaliação de nódulos e quistos pancreáticos, avaliação e diagnóstico de lesões subepiteliais do tubo digestivo, avaliação de patologia pancreática benigna (pancreatite aguda, crónica e autoimune), avaliação e diagnóstico de coledocolitíase, avaliação de patologia ano-retal benigna (abcessos, fístulas e aparelho muscular/estudo de incontinência), avaliação de patologia mediastínica (adenopatias), e realização de procedimentos terapêuticos e de intervenção como drenagem de pseudo-quistos/pseudocistos pancreáticos e abcessos extraluminais, escleroterapia de varizes gastroesofágicas, intervenção biliar, etc.

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